Amsterdã, Queijo Gouda, Stroopwafels e Suco de Maçã

   Iniciando agora a segunda parte da série de posts da viagem do fim do ano passado. Saí de Paris na madrugada de sábado e parti em direção a Amsterdã. Viagem rápida, apenas 1 hora de vôo, tanto que nem deu tempo de ler a última revista de confeitaria que comprei no aeroporto e muito menos o guia de conversação de holandês. Só deu tempo mesmo de escutar umas músicas e comer o tão cobiçado chocolate Galak com Spéculoos.

Revista para ler durante a viagem, chocolate Galak com Spéculoos, guia de holandês, passaporte e #partiuAmsterdã!

   Cheguei no hotel em Amsterdã por volta das 11 da manhã, deixei as malas e já sai para conhecer a cidade, pois o tempo era curto e havia muita coisa para ver e fazer. Fiquei num hotel super simples próximo ao centro, que por sinal só quando cheguei da viagem é que li em alguns blogs que esta região não era muito indicada para turistas, mas digo que tive uma ótima experiência. Como tinha pouco tempo, foi muito mais prático estar hospedado próximo dos principais pontos turísticos e de onde está o "agito" de Amsterdã.

    Fiquei no Avenue Hotel (Nieuwezijds Voorburgwal, 33), localizado próximo ao Nieuwendijk, um calçadão repleto de lojas de roupa, souvenirs, supermercados, cafés, turistas e holandeses fazendo suas compras de Natal. 

Koninklijk Paleis ou o Palácio Real de Amsterdã

   Seguindo por esse calçadão você chega na praça Dam, talvez a mais famosa e bonita de Amsterdã, onde estão localizados o Monumento Nacional, o Palácio Real, o Madame Tussauds e também a loja de departamentos de Bijenkorf.

   É na Dam que também acontecem vários festivais e onde você pode tirar fotos com caras vestidos de macaco, fantasias estranhas ou tocando gaitas de fole. Um lugar louco, com certeza, cheio de turistas, gente jovem e também muito agitada, já mostrando para mim do que Amsterdã é feita!

Loja de departamento de Bijenkorf (estilo Lafayette, Le Bon Marché)

   Atravessei a Dam e segui em frente pela Kalverstraat, ou outro calçadão também repleto de lojas, mas agora das principais marcas como Zara, H&M, Pull & Bear, Bershka, Hema, Forever 21, Marks & Spencer, Desigual, Kipling, Le Creuset, Swatch... ou seja, o paraíso das mulheres! Pena que já quase tive que pagar excesso de bagagem na ida para Amsterdã então não deu para aproveitar muito.

    Andei pela Kalverstraat inteirinha, terninando na Munttplein ou a praça da Torre, próximo do mercado de flores e onde o rio Amstel cruza com o canal Singel. Nessa altura, já passava do horário de almoço então, vendo que estava próxima a um dos endereços que tinha marcado no meu caderinho, resolvi ir até lá para comer algo.

Chocolate quente, stroopwafel de mel e enrolado holandês de salsicha

    Segui pelas margens do Singel em direção a Lanskroon, uma casa de chá/padaria que prometia vender Stroopwafels caseiros e um pouco diferentes dos normalmente consumidos pelos turistas. Cheguei lá e já me deparei com um salão bem pequeno, cerca de quatro mesas, bem apertadinho, mas o balcão estava repleto de bolos, pães, tortas e biscoitos dos mais variados tipos.

   Fui no clássico: um tradicional enrolado de salsicha holandês feito com massa folhada (também conhecido como Saucijzenbroodje), um chocolate quente e uma Stroopwafel de mel para a sobremesa, já que eles não tinham no momento a versão tradicional. Ótimo enrolado de salsicha e chocolate super quente para me aquecer naquele frio que fazia. Já a Stroopwafel realmente tinha uma massa bem diferente das comuns: crocante, não tão quadriculada, pincelada com gema e salpicada com açúcar cristal e o recheio de mel, não de caramelo. Super aprovada também!

   Não voltei lá pela falta de tempo, mas com certeza na próxima voltarei para comprar mais Stroopwafels e Gevulde Speculaas, aqueles biscoitos spéculoos que tanto gosto em sua versão holandesa e recheados com amêndoas.

Bloemenmarkt

    Depois, continuei minha caminhada, agora atravessando o canal e seguindo em direção do Bloemenmarkt, o mercado de flores. Cada passo que dava, cada rua e ponte que eu cruzava, mais ia me apaixonando por aquele lugar, por aquela cidade. Não dava para acreditar que todas aquelas casinhas pequenas realmente eram de verdade. Queria tirar foto de tudo: das bicicletas, das casinhas, das casas-barco, das pessoas...

   O mercado de flores não tinha tantas tulipas e flores direfentes para vender por causa da época do ano, mas você podia comprar mudas, sementes e bulbos. Fiquei com vontade de trazer para o Brasil, só que não valia a pena.

   Em frente ao mercado de flores há também um comércio bem variado, com lojas de souvenirs, cafés, uma loja que vende artigos natalinos durante o ano todo e também uma filial da Henri Willig, uma loja de queijos holandeses.

   Acho que esta é uma das mais bonitas lojas da marca, desde a entrada, tudo é decorado com artigos típicos, inclusive as moças que atendem na loja vestiam roupas típicas. Uma das moças falava até um pouco de português, todas simpáticas e procurando explicar cada diferença entre os tipos de queijo, tempos de maturação, modo de preparo.

    Você quase fica louco com tanta variedade só de Gouda, talvez o mais conhecido queijo holandês. Fui no tradicional, mas tinha com pimenta, lavanda, ervas, curado, pesto, com leite de cabra, champagne, alho, cominho, picante, feno-grego, trufas, aspargos e bacon, búfala, gengibre... só para citar alguns. O bom é que eles sempre deixam uns pedacinhos de degustação e assim você pode levar exatamente aquele que mais gosta. O preço de um desses que eu comprei (baby +- 300g) é por volta de 9€95 a 12€, depende do tipo.

Suco de Maçã, queijo Gouda e Stroopwafels

    E além dos queijos há também uma imensa variedade de produtos típicos holandeses: stroopwafels, suco de maçã, mostardas, licores, chocolates e acessórios dos mais variados tipos, como raladores, fatiados e tábuas de queijos.

Queijo Gouda

    Nesse primeiro dia comprei um Baby Gouda, um pacote de Stroopwafels e uma garrafa de suco de maçã. Aliás, foi lá em Amsterdã que me viciei ainda mais nele. Inicialmente tinha um pouco de preconceito, porque não gosto muito dos com aparência de chá, prefiro esses com pedacinhos da fruta mesmo. E o bom é que suco de maçã e pera lá é super comum.

Stroopwafel sendo aquecido pelo chá

   E falando em chá, nada melhor do que uma caneca bem quentinha acompanhada por uma Stroowafel aquecida por ele após um longo e cansativo dia de caminhada por Amsterdam!