domingo, 9 de fevereiro de 2014

Pastéis de Belém, mais Lisboa e Cascais

   Hoje ainda continuo com os posts de Portugal, em Lisboa, Cascais e Sintra! 

Torre de Belém

Cabo da Roca- Cascais

Castelo da Pena- Sintra


    Acho que todo mundo que vai em Lisboa quer conhecer a Torre de Belém, o Padrão do Descobrimento, o Mosteiro dos Jerônimos e, é claro, a tradicionalíssima fábrica dos legítimos Pastéis de Belém! Pois é este roteiro que trago para vocês hoje!

Padrão do Descobrimento com Ponte 25 de Abril aos fundos

    Geralmente paramos o carro perto do Mosteiro dos Jerônimos ou do Padrão do Descobrimento e caminhamos até os outros pontos turísticos. Acho que tirar uma foto na beira do Tejo com a Torre de Belém aos fundos não tem preço, principalmente se o dia estiver com o céu bem azulzinho. Então, vale a pena fazer uma caminhada mais longa!



   Depois de visitar o Padrão do Descobrimento e a Torre de Belém, basta atravessar em direção ao Mosteiro dos Jerônimos. Para quem quiser entrar, lá encontram-se os túmulos de Vasco da Gama, Luís Vaz de Camões, Fernando Pessoa, além de alguns reis de Portugal. 


   Depois da visita, provavelmente você vai bater uma fome, e o melhor lugar para comer numa hora dessas está localizado a poucos metros do Mosteiro, na fábrica dos Pastéis de Belém!

Fachada 

   É comum ter uma fila que sai para fora da loja quando você chega lá (no verão ou aos finais de semana), mas não desanime e mantenha-se firme. Eu indicaria para você entrar e tentar encontrar uma mesa dentro de um dos salões, mas se até lá não tiver lugar, o jeito mesmo é aguardar na fila para pegar uma mesa (o que aconteceu comigo nesta última vez). A vantagem de se sentar numa mesa é poder comer o pastelzinho ainda quentinho e acompanhado de um cafezinho ou qualquer uma das outras delícias que a casa faz.

Balcão 

   Para quem não sabe, esses pastéis surgiram no início do século XIX como uma tentativa de manter a sobrevivência dos Mosteiros, que foram fechados por conta da Revolução Liberal de 1820. Por serem vendidos numa refinaria de cana-de-açúcar anexada ao Mosteiro dos Jerônimos, na zona de Belém, ficaram conhecidos por Pastéis de Belém e logo ganharam o paladar dos visitantes da Torre de Belém e do próprio mosteiro. 

Artigos da antiga fábrica

   Foi em 1837 que iniciou-se a fabricação dos Pastéis de Belém, seguindo a receita secreta do convento. E ela se mantém inalterada até hoje, sendo transmitida e exclusivamente conhecida por mestres pasteleiros (dizem que atualmente são só três) que os confeccionam na Oficina do Segredo.

Mais utensílios antigos

   Outra vantagem de entrar para comer é poder ver milhares de pastéis saindo do forno e sendo desenformados pelo vidro da cozinha, além de poder ver os objetos da antiga loja. 



   É legal lembrar também que atualmente a loja vende outros doces e até mesmo salgados, bebidas e enfeites, como aventais de cozinha, chapéus de chef, xícaras, porta-açúcar, geleias, marmeladas, bolachinhas, sanduíches, vinhos ...

Bolinhos de Bacalhau

  Como sempre, pedi um bolinho de bacalhau este ano de novo, adoro! Principalmente porque eles são muito parecidos com aqueles que a família da minha avó faz, super leves e sequinhos!


   E tem até algo que lembra o nosso pastel de feira! Lembro do quanto fiquei frustrada quando cheguei aqui pela primeira vez (com 4 anos de idade) e não pude encontrar "pastel do chinês"! Agora não ia chorar mais! E não é que ele também é muito bom?! Com recheio de carne e massa bem sequinha.

"Pastel do Chinês"

   E agora os legítimos Pastéis de Belém! Feitos com uma massinha bem estaladiça (= folhada) e amanteigada, eles ainda levam um creme de confeiteiro bem leve, sem gosto, cor ou cheiro de gemas e nada de baunilha ou casquinha de limão.


Pastéis de Belém

   O mais gostoso é que como a procura é grande, eles sempre chegam ainda morninhos, crocantes e bem cremosos na mesa. E você ainda pode salpicar açúcar de confeiteiro e canela antes de comer, mas eu prefiro os meus in natura!

Creme molinho, mas bem consistente! Quase consigo ouvir o barulhinho da casquinha e sentir o gosto!

   Outro ponto interessante ou talvez nem tanto assim, é que eles não são pesados ou muito doces, e por isso você pode querer comer vários! Desta última vez tive que pedir dois para matar a saudade!


   Depois das gordices partimos em direção ao Estoril e Cascais (aproximadamente 30 minutos de Lisboa).

Cascais

   Em Cascais, visite a Boca do Inferno e o Cabo da Roca, com paisagens lindíssimas, mas indico o verão, pois as chances de estar chovendo no inverno são maiores e porque venta demais nesta área normalmente.

Cascais

   E a foto da famosa Boca do Inferno!


   Outro lugar que promete fotos espetaculares é o Cabo da Roca! Localizado a cerca de 15 km da Boca do Inferno, o  Cabo da Roca é o ponto mais ocidental de Portugal continental, assim como da Europa continental, e que segundo Luís Vaz de Camões marca "onde a terra se acaba e o mar começa"

O farol

Praias antes de chegar no Cabo da Roca

   Este ano, por conta do inverno, preferimos passar a noite no Estoril, cidade que fica a 3  km de Cascais e aproveitar a praia apenas da sacada do hotel.

O anoitecer no Estoril, por volta da cinco da tarde

   O dia seguinte amanheceu com uma chuva daquelas! E como ainda tínhamos que voltar para Gouveia, o jeito foi só ir para Sintra (aproximadamente 15 km do Estoril) e já cair novamente na estrada!

Palácio da Pena

   Em Sintra vale destacar o Palácio da Pena, o primeiro palácio do Romantismo europeu. Ele remonta de 1839 e situa-se a 500 m de altitude. Foi Fernando II de Portugal que iniciou sua reforma, transformando um antigo mosteiro no enorme castelo de várias cores. O mais legal é poder visitar cada cômodo, que encontra-se decorado como se a corte ainda o habitasse.


    E para quando você estiver voltando do palácio após a visita, parada obrigatória na Piriquita, uma pastelaria que vende os famosos Travesseiros e Queijadas de  Sintra! A Piriquita fica na esquina da Rua das Padarias, no centro de Sintra.


   Aberta em 1850, a loja fabrica artesanalmente os famosos Travesseiros de Sintra, feitos com massa folhada recheada de doce de amêndoas com açúcar e gemas e passados em açúcar com canela. Comemos os nossos quentinhos, pois era de manhã. Outra delícia que vale as calorias!

Travesseiros de Sintra

    Só para vocês terem uma ideia do que eu estou falando, surrupiei uma foto do travesseiro com o recheio a mostra deste link. O doce é espetacular, super crocante e leve!


Interior do Travesseiro de Sintra, com o recheio de amêndoas a mostra

   Mais uma vez demos sorte por ser uma segunda feira chuvosa de inverno europeu em que as aulas voltavam e por isso a loja estava bem vazia, mas acredito que em outras épocas deve ficar lotada, pois há poucas mesas para comer.

Queijadas de Sintra

   Outro destaque da loja são as Queijadas, feitas com requeijão português (diferente do nosso), leite, açúcar e ovos, assada numa massinha crocante e cobertas com canela. Bem leves e não muito doces, aquele tipo de docinho que você procura após uma refeição pesada.



   E antes de partir de Portugal, comprinhas e arrumação das malas! Haja lugar para tanta coisa! Vejo vocês em mais posts da viagem!

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