Hoje ainda continuo com os posts de Portugal, em Lisboa, Cascais e Sintra!
Torre de Belém |
Cabo da Roca- Cascais |
Castelo da Pena- Sintra |
Acho que todo mundo que vai em Lisboa quer conhecer a Torre de Belém, o Padrão do Descobrimento, o Mosteiro dos Jerônimos e, é claro, a tradicionalíssima fábrica dos legítimos Pastéis de Belém! Pois é este roteiro que trago para vocês hoje!
Padrão do Descobrimento com Ponte 25 de Abril aos fundos |
Geralmente paramos o carro perto do Mosteiro dos Jerônimos ou do Padrão do Descobrimento e caminhamos até os outros pontos turísticos. Acho que tirar uma foto na beira do Tejo com a Torre de Belém aos fundos não tem preço, principalmente se o dia estiver com o céu bem azulzinho. Então, vale a pena fazer uma caminhada mais longa!
Depois de visitar o Padrão do Descobrimento e a Torre de Belém, basta atravessar em direção ao Mosteiro dos Jerônimos. Para quem quiser entrar, lá encontram-se os túmulos de Vasco da Gama, Luís Vaz de Camões, Fernando Pessoa, além de alguns reis de Portugal.
Depois da visita, provavelmente você vai bater uma fome, e o melhor lugar para comer numa hora dessas está localizado a poucos metros do Mosteiro, na fábrica dos Pastéis de Belém!
Fachada |
É comum ter uma fila que sai para fora da loja quando você chega lá (no verão ou aos finais de semana), mas não desanime e mantenha-se firme. Eu indicaria para você entrar e tentar encontrar uma mesa dentro de um dos salões, mas se até lá não tiver lugar, o jeito mesmo é aguardar na fila para pegar uma mesa (o que aconteceu comigo nesta última vez). A vantagem de se sentar numa mesa é poder comer o pastelzinho ainda quentinho e acompanhado de um cafezinho ou qualquer uma das outras delícias que a casa faz.
Balcão |
Para quem não sabe, esses pastéis surgiram no início do século XIX como uma tentativa de manter a sobrevivência dos Mosteiros, que foram fechados por conta da Revolução Liberal de 1820. Por serem vendidos numa refinaria de cana-de-açúcar anexada ao Mosteiro dos Jerônimos, na zona de Belém, ficaram conhecidos por Pastéis de Belém e logo ganharam o paladar dos visitantes da Torre de Belém e do próprio mosteiro.
Artigos da antiga fábrica |
Foi em 1837 que iniciou-se a fabricação dos Pastéis de Belém, seguindo a receita secreta do convento. E ela se mantém inalterada até hoje, sendo transmitida e exclusivamente conhecida por mestres pasteleiros (dizem que atualmente são só três) que os confeccionam na Oficina do Segredo.
Mais utensílios antigos |
Outra vantagem de entrar para comer é poder ver milhares de pastéis saindo do forno e sendo desenformados pelo vidro da cozinha, além de poder ver os objetos da antiga loja.
É legal lembrar também que atualmente a loja vende outros doces e até mesmo salgados, bebidas e enfeites, como aventais de cozinha, chapéus de chef, xícaras, porta-açúcar, geleias, marmeladas, bolachinhas, sanduíches, vinhos ...
Bolinhos de Bacalhau |
Como sempre, pedi um bolinho de bacalhau este ano de novo, adoro! Principalmente porque eles são muito parecidos com aqueles que a família da minha avó faz, super leves e sequinhos!
E tem até algo que lembra o nosso pastel de feira! Lembro do quanto fiquei frustrada quando cheguei aqui pela primeira vez (com 4 anos de idade) e não pude encontrar "pastel do chinês"! Agora não ia chorar mais! E não é que ele também é muito bom?! Com recheio de carne e massa bem sequinha.
"Pastel do Chinês" |
E agora os legítimos Pastéis de Belém! Feitos com uma massinha bem estaladiça (= folhada) e amanteigada, eles ainda levam um creme de confeiteiro bem leve, sem gosto, cor ou cheiro de gemas e nada de baunilha ou casquinha de limão.
Pastéis de Belém |
O mais gostoso é que como a procura é grande, eles sempre chegam ainda morninhos, crocantes e bem cremosos na mesa. E você ainda pode salpicar açúcar de confeiteiro e canela antes de comer, mas eu prefiro os meus in natura!
Creme molinho, mas bem consistente! Quase consigo ouvir o barulhinho da casquinha e sentir o gosto! |
Outro ponto interessante ou talvez nem tanto assim, é que eles não são pesados ou muito doces, e por isso você pode querer comer vários! Desta última vez tive que pedir dois para matar a saudade!
Depois das gordices partimos em direção ao Estoril e Cascais (aproximadamente 30 minutos de Lisboa).
Cascais |
Em Cascais, visite a Boca do Inferno e o Cabo da Roca, com paisagens lindíssimas, mas indico o verão, pois as chances de estar chovendo no inverno são maiores e porque venta demais nesta área normalmente.
Cascais |
Outro lugar que promete fotos espetaculares é o Cabo da Roca! Localizado a cerca de 15 km da Boca do Inferno, o Cabo da Roca é o ponto mais ocidental de Portugal continental, assim como da Europa continental, e que segundo Luís Vaz de Camões marca "onde a terra se acaba e o mar começa".
O farol |
Praias antes de chegar no Cabo da Roca |
Este ano, por conta do inverno, preferimos passar a noite no Estoril, cidade que fica a 3 km de Cascais e aproveitar a praia apenas da sacada do hotel.
O anoitecer no Estoril, por volta da cinco da tarde |
O dia seguinte amanheceu com uma chuva daquelas! E como ainda tínhamos que voltar para Gouveia, o jeito foi só ir para Sintra (aproximadamente 15 km do Estoril) e já cair novamente na estrada!
Palácio da Pena |
Em Sintra vale destacar o Palácio da Pena, o primeiro palácio do Romantismo europeu. Ele remonta de 1839 e situa-se a 500 m de altitude. Foi Fernando II de Portugal que iniciou sua reforma, transformando um antigo mosteiro no enorme castelo de várias cores. O mais legal é poder visitar cada cômodo, que encontra-se decorado como se a corte ainda o habitasse.
E para quando você estiver voltando do palácio após a visita, parada obrigatória na Piriquita, uma pastelaria que vende os famosos Travesseiros e Queijadas de Sintra! A Piriquita fica na esquina da Rua das Padarias, no centro de Sintra.
Aberta em 1850, a loja fabrica artesanalmente os famosos Travesseiros de Sintra, feitos com massa folhada recheada de doce de amêndoas com açúcar e gemas e passados em açúcar com canela. Comemos os nossos quentinhos, pois era de manhã. Outra delícia que vale as calorias!
Travesseiros de Sintra |
Só para vocês terem uma ideia do que eu estou falando, surrupiei uma foto do travesseiro com o recheio a mostra deste link. O doce é espetacular, super crocante e leve!
Interior do Travesseiro de Sintra, com o recheio de amêndoas a mostra |
Mais uma vez demos sorte por ser uma segunda feira chuvosa de inverno europeu em que as aulas voltavam e por isso a loja estava bem vazia, mas acredito que em outras épocas deve ficar lotada, pois há poucas mesas para comer.
Queijadas de Sintra |
Outro destaque da loja são as Queijadas, feitas com requeijão português (diferente do nosso), leite, açúcar e ovos, assada numa massinha crocante e cobertas com canela. Bem leves e não muito doces, aquele tipo de docinho que você procura após uma refeição pesada.
E antes de partir de Portugal, comprinhas e arrumação das malas! Haja lugar para tanta coisa! Vejo vocês em mais posts da viagem!
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