Aproveitamos nosso último dia em Buenos Aires para fazer as últimas comprinhas gastronômicas e comer alguns pratos argentinos que tínhamos curiosidade de conhecer. Pela manhã fizemos uma visita ao Bairro do Palermo (região das outlets na Av. Córdoba), mas acabamos perdendo o pique e retornando ao hotel antes do almoço devido ao nosso cansaço e ao calor. Decidimos almoçar no Los Inmortales na Avenida Córdoba.
O Los Inmortales é um café/restaurante/pizzaria fundado em 1952 na Avenida Corrientes e nele foi colocado um clássico quadro de Carlos Gardel, pintado por Carlos Leonetti em 1955, que identificou o local desde aqueles anos.
De entrada tivemos uma pequena porção de pedaços de massa como a de pizza, cortados em tiras e temperados com azeite/ervas. Escolhi o famoso Bife de Chorizo (porção mini) acompanhado de Papas Fritas (batatas fritas) como prato principal/acompanhamento.
O Bife estava muito bom, veio no ponto certinho que gosto e que havia pedido. O Bife de Chorizo é o nosso contra-filé desossado, com cerca de 6 cm de espessura e 400 g, para que, quando assado, não fique seco e mantenha seus sucos armazenados internamente. Ele deve ser preparado numa tradicional Parrilla argentina (um sistema de grelhas móveis criados pelos uruguaios e argentinos).
Como pedimos a versão mini, o bife pesou cerca de 200 g.
Para a sobremesa, um helado de dulce de leche, ou melhor, o último que tomaríamos em Buenos Aires. Estava bem gostoso e cremoso, com o gostinho do dulce de leche mesmo. Além da porção generosa e na medida certa, acompanhou uma wafer.
Aproveitamos nossos últimos momentos em BsAs para fazer as comprinhas de gordices. Tomamos nosso último café da tarde na Havanna e por isso esqueci de vez a dieta (já tinha esquecido, né?) e pedi logo um Submarino Havanna acompanhado de um Alfajor Blanco e ainda com direito à água com gás e bolachinha! #gordicemasterdaviagem
Apesar do calorão que fazia, tomei todo o Submarino, mergulhando a barra de chocolate Havanna inteira dentro do leite fervente. Bastou alguns minutinhos para estar tudo derretido (inclusive eu!). Não posso dizer que é ruim ou que não gostei, apenas acho que vale bem mais a pena gastar todo esse monte de calorias comendo mais outro Alfajor, Havannet ou até mesmo tomando o Café Havanna (deste post).
Tomamos o café da tarde e fizemos umas comprinhas para trazer de volta ao Brasil na filial da Havanna na Rua Uruguai (esquina com a Viamonte).
Lembrei que ainda não tinha conseguido encontrar um livro de receitas argentinas e por isso dei um pulinho rápido até a Avenida Corrientes no final da tarde/começo da noite. A Avenida Corrientes é um local repleto de bares, restaurantes, kioskos, lojas, teatros, cinemas e principalmente livrarias, onde tanto lançamentos, livros novos, velhos ou clássicos da literatura podem ser comprados. Parei logo na livraria Losada e de tanta atenção e educação do atendente da loja em mostrar todas as melhores opções de livros da cozinha argentina, esqueci o preço salgado do livro (149 pesos) e acabei comprando lá mesmo.
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| Avenida Corrientes |
Depois de comprar os livros, demos mais uma andada na Avenida. Foi quando então bateu aquela fome ligeira e decidimos para no restaurante La Faina (esquina da Avenida Corrientes com a Rua Paraná) para comer as últimas Empanadas Argentinas.
Escolhemos todos Empanadas de Carne assadas e depois de chegarem à mesa tão fresquinhas e quentinhas, concluímos que estas foram as melhores empanadas que comemos em Buenos Aires nesses quatro dias de viagem.
A massa era muito leve e crocante (um pouco folhada) e era inteiramente e generosamente recheada por carne moída refogada com temperos, ovos cozidos e azeitonas. Deliciosas!
Como uma Empanada não foi suficiente para matar a minha fome, pedi duas Medialunas para llevar já que não tinha falado delas ainda aqui no blog.
As medialunas são os croissants dos argentinos. Digo isso porque na maioria dos hotéis em Buenos Aires é isso que se tem no café da manhã e porque elas são bem diferentes dos tradicionais croissants franceses. Os argentinos possuem dois tipos de medialunas, as de manteca e as de grasa.
Começo pelas Medialunas de manteca, mais fofas e mais doces. Elas lembram também mais um pãozinho doce do que um croissant em si. Normalmente são cobertas por uma espécie de caldinha ou geleia com aroma cítrico sobre a pincelada de gema e pode ser acompanhada de dulce de leche. Seu formato é mais "gordinho", como um pãozinho mesmo.
Já as medialunas de grasa são mais folhadas e neutras, ou seja, é uma massa como a folhada (mais gordurosa) e pode tanto ser acompanhada de queijos e frios quanto de dulce de leche e geleias. Elas não lembram massa de pão, como as de manteca, ficam com a massa crocante. Seu formato é como o de uma lua minguante (ou siri, como meu pai dizia) e não é pincelada de gema.
Pelas medialunas do café da manhã do hotel em que nos hospedamos ia ficar bem nítida a diferença de textura entre os dois tipos, mas como esqueci de fotografá-las, aqui está o interior das que comprei no La Faina e logo abaixo venho com uma foto deste site com mais detalhes.
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| Medialuna de Grasa (esquerda) e Medialuna de Manteca (direita) |
*Dica: experimente cortar suas medialunas de manteca ao meio e passar uma generosa camada de dulce de leche. Já com as de grasa, indico que a comam pura ou besuntada de queso cremoso.
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| Medialunas de Grasa |
Comprei o livro "Todos Somos Cocineros Argentinos- las mejores recetas de la tele en tu mesa" que, segundo o senhor da livraria, tem saído bastante entre os turistas. Trata-se de um livro recém-lançado, muito bem fotografado e suas receitas parecem boas. É bem completo também, possuindo uma boa parte das tradicionais receitas portenhas.
Comprei também uma revista de receitas argentinas com influência espanhola, incluindo a tradicional paella, o turrón, as tortillas e outras delícias!
Minhas últimas aquisições gourmet foram os Alfajores das marcas Cachafaz, Jorgito e Sucesso.
Mala arrumada, tudo comprado, bora pro Brasil novamente!
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